segunda-feira

Urbano


Há o robótico cotidiano
E há o desejo em mim...
Não, não amo,
Se não tem começo
Não se pode ter fim
O suor, o delírio, o aperto,
Das mãos, das peles, dos corpos,
Tem a mesma força
Do que a fome no bico dos corvos
Dignifico e fodo contigo
Na rua no telhado na madrugada
Enquanto os outros escandalizam se
E gritam ante ao nada
acho-te o vão
Mostro-te a liberdade
E assim flui o tesão
Que se pode conter na carne
Interminável instante que arde
Te mostro o sexo em igualdade
Deita-te comigo e entenda o que se manifesta
Desmancho o doentio cotidiano estático
E a flexibilidade do meu desejo
Á mim nunca se fez medo
E se o certo é o avesso do errado
Então eu assumo todos os pecados
Mas eu não vou pro inferno no fim
Pois o diabo nunca gostou de mim
Pois também sou deus
E adeus
A quem não sabe ser feliz
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.........................................Rene Xavier

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